Em 17/12/2021, a partir das 14h, foi realizada a defesa da Tese de Doutorado da Meteorítica Amanda Araujo Tosi, submetida ao Programa de Pós-graduação em Geologia (PPGL), do Instituto de Geociências (IGEO), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), como requisito disciplinar obrigatório para conclusão do curso.
Estiveram presentes os orientadores Dr.ª Maria Elizabeth Zucolotto (Museu Nacional/UFRJ) e Dr. Julio Cesar Mendes (IGEO/UFRJ). A banca foi composta pelos doutores: Kátia Leite Mansur (Presidente / PPGL – IGEO/UFRJ), Débora Ribeiro Rios (IGEO/UFBA), Hélio Salim Amorim (IF/UFRJ), Márcia Elisa Boscato Gomes (UFRGS) e Wilton de Carvalho Pinto (UFBA).
O tema desenvolvido versou sobre a “Utilização da Catodoluminescência Acoplada à Microssonda Eletrônica como um Novo Método Analítico na Classificação Petrológica de Meteoritos Condríticos”. Após arguição e avaliação da banca, a tese foi APROVADA COM LOUVOR, sendo sugeridas apenas pequenas alterações no texto, que será disponibilizado em nosso website em breve!
Logo após a defesa, as Meteoríticas e RockETs realizaram uma confraternização especial de final de ano para comemorar mais uma conquista do grupo e desejar BOAS FESTAS a todos!
Confira abaixo o resumo da tese, algumas fotos da confraternização e assista ao vídeo da defesa na íntegra!
A classificação dos meteoritos começou no século XIX. Porém, apenas evoluiu significativamente na década de 1960 com o surgimento de técnicas analíticas que possibilitaram conhecer melhor a composição química e estrutural dos minerais que compõem esses corpos. Umas dessas técnicas, a Microssonda Eletrônica, teve um papel fundamental na descoberta de novos minerais, inclusive alguns encontrados somente em meteoritos, cuja análise química mais complexa permitiu separá-los em diferentes grupos de classificação. Além disso, a análise textural através das imagens eletrônicas permitiu expandir ainda mais o conhecimento sobre a evolução dos diversos tipos petrográficos hoje existentes. Dentro deste universo de resultados extraídos dos microscópios eletrônicos, também há uma resposta muito importante para a classificação dos meteoritos, a catodoluminescência. Até os dias atuais, a resposta luminescente dos meteoritos era observada apenas através de um dispositivo de emissão de raio catódico acoplado a um microscópio ótico, onde é possível observar diretamente as cores reais. Contudo, é comum encontrar um detector de catodoluminescência acoplado em microscópios eletrônicos, sendo a maioria composta por um sistema pancromático, ou seja, não emite cores, apenas tons de cinza. A fim de relacionar as duas técnicas e observar cores no sistema eletrônico, filtros RGB são utilizados para investigar as condições analíticas mais adequadas e, assim, garantir que todas as cores sejam observadas, inclusive as que são importantes na classificação dos meteoritos. O foco principal desse trabalho é viabilizar outra metodologia para a obtenção da catodoluminescência por meio da Microssonda Eletrônica, além de poder agregar mais este resultado aos demais já obtidos no processo classificatório de novos meteoritos quando encontrados.