Hoje o tópico não é de muitos risos… Viemos falar de um assunto sério que precisa urgentemente ser discutido pelas autoridades do nosso país.
Ficamos sabendo em 31/10 sobre a classificação de um meteorito marciano brasileiro no banco de dados mundial que registra os meteoritos de todo nosso planeta, o renomado Meteoritical Bulletin (Met. Bul.).
Segundo consta no Met. Bul., um lavrador encontrou o meteorito em 2019, mas o guardou sem ter certeza de que era uma rocha extraterrestre. Confira a foto desta belezura abaixo. O meteorito é um Shergottito marciano raro. No mundo inteiro só existem 263 deste tipo.
Linda foto, não é? Não tem como um amante de meteoritos não achá-la linda… Só que este meteorito não ficou aqui no Brasil. Segundo consta no Met. Bul., a pessoa que o encontrou preferiu o anonimato e enviou a amostra para Miami após a repercussão da chuva de meteoritos em Santa Filomena (PE). A rocha foi então comprada por um dos maiores comerciantes de meteorito do mundo, Michael Farmer.
Não há no Brasil nenhum meteorito deste tipo, seja para estudo científico ou exposição. Ter uma peça desta de 4,5 kg seria como se tivéssemos enviado uma sonda para Marte e esta trouxesse uma rocha diretamente de lá para que pudéssemos estudar a superfície deste nosso planeta vizinho.
Este episódio vem corroborar a necessidade urgente de uma lei que disponha sobre a propriedade e registro dos meteoritos encontrados em território brasileiro. É fundamental a adoção de medidas legais para que nossos meteoritos sejam protegidos, uma vez que eles fazem parte do patrimônio cultural e geológico de nosso país, além de terem enorme importância científica e histórica para o Brasil. É inadmissível que nossas riquezas continuem sendo levadas para o exterior.
Outro ponto importante é a conscientização de que esta lei não vem para prejudicar quem encontra meteoritos, pelo contrário, quando um meteorito é classificado, a pessoa que o achou irá saber exatamente qual o tipo de meteorito e não será enganado. Mesmo que a pessoa precise doar de 25 a 30 g para análises, ela vai conseguir vender o meteorito por um preço mais justo depois de classificado.
Em adição, a Ciência Brasileira também ganha quando o meteorito é classificado por pesquisadores brasileiros. Quando uma pessoa apresenta o meteorito para estrangeiros, em todas as vezes, eles não pagam o valor que vale.
Se você encontrar um meteorito, entre em contato conosco pelos canais disponíveis em nosso website!
Postagem muito interessante. É de extrema importância que haja uma lei que regularize e proteja, de oportunistas estrangeiros, os bens e materiais raros encontrados em nosso território.
Primeiramente o governo terá que investir na criação de uma instituição de pesquisa ,reconhecimento e autenticação de meteorito,bem como,formação e capacitação de profissionais para estar atendendo ,orientando os cidadão que apresentem “materiais como supostos meteoritos”,pois aqui no Brasil, a autenticação de meteorito se resume em apenas um nome de “uma profissional “de astronomia ,que compreensivelmente ,não consegue atender toda a demanda ,referente á achados de suposto meteoritos,que somente é atendidos “casos de fragmentos de encontros de quedas registrados “.