A Terra tem uma inclinação de aproximadamente 23° em relação à eclíptica quando orbita o Sol. Em junho, o Sol está na máxima declinação norte, incidindo diretamente na região do Trópico de Câncer na Terra. Nos solstícios, que acontecem todos os anos em junho e dezembro, um hemisfério recebe mais luz do Sol e o outro, menos. O nome deriva das palavras “sol” e “sistere”, que significa “parado”.
No Hemisfério Sul, perto de 20 de junho é o solstício de inverno, ou seja, ele recebe menos luz solar do que em outras épocas do ano. São as noites mais longas, dias mais curtos e o Sol nunca fica alto no céu. Faça um teste, acompanhe o caminho que o Sol faz hoje no céu e compare com o mesmo caminho daqui a seis meses, quando chegar o verão.
A imagem de satélite abaixo, da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica, mostra a mudança de posição da Terra entre os solstícios de junho e dezembro.
Por outro lado, durante o solstício de junho, o Hemisfério Norte recebe mais luz solar, marcando sua maior extensão de luz para essa época do ano. Em junho ocorre o solstício de verão no Hemisfério Norte. Nos dois hemisférios, o Sol irá nascer e se pôr no ponto mais ao norte do horizonte. Depois de 20 de junho, o Sol parecerá viajar para o sul.
Toda essa alternância tem implicações importantes, como a variação da duração dos dias e das noites, das temperaturas médias durante os meses do ano e da mudança do caminho (aparente) do Sol no céu.
Desde a antiguidade o solstício é festejado por todas as culturas, geralmente associado a rituais de fertilidade. Ainda hoje se honra o Sol em festivais, por exemplo, em Portugal, no complexo megalítico dos Almendres, os menires estão alinhados para o nascer do sol no dia do solstício de verão. No Reino Unido, que abriga monumentos pré-históricos importantes, como Stonehenge, a English Heritage organiza anualmente um evento de celebração, com palestras e transmissão ao vivo do pôr do sol.
EXCELENTE REPORTAGM.